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O Pacto.
Quanto vale a fama ?
Quanto vale a fama ?
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1. Episódio um: O Pacto..
Fred: O que vamos fazer com essa garota ? Tá na cara que está vadia não é virgem, deve ter dado para todos na festa de ontem.
Ronaldo: Cala a boca rapaz, conheço está guria, pelo o que eu ouvi dizer, ela só se masturba. Não deve nem inserir objetos na vagina, com certeza seu hímen não está rompido!
Carlos: Então vamos começar ?
Ronaldo: Pegue o livro a sua esquerda Fred com cuidado.
Fred: Ok. Pera, pera. O que é isto ?
Ronaldo: Isto o que ? Me dá logo este livro seu tolo!
Fred: Você disse que isto não era um pacto com o diabo, e aqui no livro está escrito "Livro sagrado do Diabo".
Ronaldo: Sério que você acreditou que a gente iria ganhar fama sem nem ao menos cutucar o capeta ? Me de isso!
Ronaldo pegou o livro, segurou o mesmo com sua mão esquerda, e com a direita retirou um papel de sua jaqueta que dizia a página no livro onde devia ler.
Ronaldo: Ok, é... Deixa eu ver, página 658, humm, ok. "Darei a ti, ó consagrado rei da escuridão. Darei a ti a alma dessa menina-mulher, que sem sombra de duvida és virgens, usáis como bem entender-ló, já que és tão poderoso diante dos errantes que lhe procuram. Peço a ti fama na terra, e lhe seguirei no inferno". Nossa que profundo (risos), Ok. Agora diz para que cortamos a cabeça dela com metal, ande Carlos, corte a vadia.
Carlos, com medo porém disposto a tudo pela fama de sua banda de rock, retirou uma adaga de sua mochila. Com as mãos tremulas, levou a faca até a garganta da garota, que já estava desmaiada, devido a injeção de um remédio conhecido como "Boa noite cinderela" em seu sangue. Respirou fundo, e emperrou toda a faca na garganta da garota, que fora conhecida como Juliet, por sinal, já fora sua paixão.
No mesmo estante um enorme clarão doeu-lhe os olhos, e a cabeça de Juliet caiu entre a poça de sangue que se formou na mata onde estavam.
Um zumbido fez com que todos presente caíssem sobre o chão, este zumbido era diabólico, entrava em seus cerébro e permaneciam insistente, por mas que tampassem os ouvidos.
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2. Episódio dois: O Clarão.
ㅤㅤㅤUm enorme silêncio fez-se após o zumbido, não se ouvia nada, este era o efeito do zumbido. Deixou Carlos surdo durante um minuto, enfim podia-se ouvir o barulho das árvores balançando devido ao vento no local, poeira subiu, e por um instante Carlos viu toda sua vida, sua infância, seu passado, lembro de sua mãe, da morte de seu pai e do acidente que deixou sua irmã em coma durante 15 anos. A dor de cabeça o deixava louco, ele gritava mas parecia que ninguém ouvia, se sentiu completamente mudo. Seus amigos, já não estavam mas lá. Viu-se sozinho ao lado da poça de sangue, formada pelo sangue de Juliet, o mais estranho era que só tinha sangue, porém não tinha corpo nem cabeça. Carlos realmente estava sozinho, em um lugar escuro, o mesmo lugar que ele fez o pacto, porém bem mais sombrio, vultos o-atormentava, sentiu-se morto. Logo, o arrependimento o tomou, e lágrimas caíram sobre seu rosto. Novamente, um enorme clarão se formou, desta vez tão forte, que Carlos não aguentou, seus olhos pareciam explodir, uma luz tão intensa como aquela, deixaria qualquer um cego. E em um último olhar, Carlos viu uma moça bonita vindo em sua direção, a única coisa que ele enxergava além do clarão, e uma última lágrima caiu de seus olhos, até enfim, Carlos desmaia.
ㅤㅤㅤCarlos acordou depois de um longo tempo dormindo, sentiu-se como se tivesse ficado toda a eternidade naquele chão. Quando se levanto, percebeu que naquele local havia uma névoa intensa, sentiu uma pequena partícula cair sobre seu rosto, esfregou o dedo sobre a mesma e sentiu que era cinza. Ao olhar para seu redor, viu que estava em uma cidade completamente vazia, não se via nada, além de casas e prédios antigos. No chão ao seu lado esquerdo havia uma faca, que fora a mesma que Carlos usou para corta o pescoço de Juliet. Quando esticou sua mão até a faca percebeu que sua pele estava pálida, e então soube que ele permaneceu dormindo na quela névoa durante um bom tempo. Tudo estava muito confuso em sua cabeça, ele se lembrava perfeitamente do que tinha acontecido antes de dormir, porém, por mais que forçasse sua mente, não conseguiu se lembrar do rosto da menina que viu antes de desmaiar, em sua mente, ele viu uma linda mulher, mas pra ele, nada mas fazia sentido. Desorientado e sem rumo, não sabia o que fazer na quele local, tão diferente de tudo que já viu antes, a névoa o-atrapalhava de visualizar algo além de vinte metros. A única certeza que ele tem é que nunca tinha visitado esse local antes, era totalmente diferente do que estava antes de desmaia.
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3. Episódio três: Me chamaste?
Carlos finalmente acordou, novamente com a sensação de que tivesse dormido por anos. Sentiu que não conseguia abrir os olhos, como se estivesse acordado dentro do seu sonho. Ainda assim conseguia pensar, viu um ser sem feições faciais, sem nariz, sem boca, sem os olhos. Viu um ser com um rosto escuro, porém isso não me chamou tanta atenção, o que realmente me chamou atenção foram suas asas escuras com um tom preto fortíssimo, e pontas extremamente afiadas. Aproximou-se de mim, me encarou, mesmo sem olhos, eu senti que ele me encarava. Senti um medo, um medo muito intenso, uma sensação ruim, me senti morto, senti como se apenas minha mente funcionava, senti que não conseguia me mexer, talvez eu realmente estivesse morto. Uma voz fez eco por todo espaço em que minha alma viajava dentro de minha mente, uma voz grossa e travada, sabe quando o sinal da operadora telefônica está ruim? Então, daquela forma, algo disse: Olá! me chamaste?
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4. Episódio quatro: O Pesadelo.
Fez-se silêncio dentro de seu sub-consciente, Carlos sabia que aquela voz não seria de uma pessoa. Nunca ouviu uma voz tão medonha como aquela, e como se, por um segundo, foi lhe dado o dom de parar no tempo, Carlos sentiu-se imune ao seu medo, parecia que por mais que a situação que ele estivesse fosse perigosa, ele não tinha medo, se sentia seguro, de alguma forma sabia que algo o protegia, mesmo que sua, até então, inocência, fora tirada, quando entranhou aquela adaga no pescoço de Juliet.
Carlos daria tudo para volta ao tempo, poder consertar o seu erro, seu erro fatal, seu maior erro.
E de novo a voz voltou a lhe perturba, a voz que já o-chamou, e que continua a insisti pela resposta de Carlos.
"Olá! me chamaste?", Carlos que já não aguentava mas, mesmo que, em seu sub-consciente, achava que estaria sendo protegido, a voz ainda assim o atormentava. Gritou, gritou para que isso acabasse de uma vez por toda, "Não o-chamei! Me deixa em paz, me deixa em paz." Carlos em quanto gritava está frase repetidamente, lágrimas escorriam sobre seu rosto, e em sua memória, a cena voltava a se repetir, a cena em que lhe marcou. Foi quando de repente, Carlos sentia-se de volta a seu corpo, com dificuldade, abriu os olhos, e viu o sol pela janela em sua frente, ainda com dificuldade, tentava vira sua cabeça, para então, compreender onde estava. Olhou para seu lado, e viu moveis, e então entendeu que estava em um quarto luxuoso, onde havia uma linda vista para a praia, estava deitado em uma cama enorme, com um colchão macio, ouviu seu nome sendo chamado, só que dessa vez por uma voz que ele conhecia, puxava de sua memória, sabia que aquela voz era de uma pessoa bem próxima a ele. A voz se aproximava cada vez mais, e passos fora ouvido conforme a voz se aproximava, Carlos olhou para a porta, já esperando a voz que o chamava entrar no comodo que estava deitado. Até que um barulho vez-se na porta, alguém tentava abrir-lá.
- Carlos ? Carlos, abre essa porta, temos que ser rápidos o ônibus já está vindo, em cinco minutos quero você na sala.
Carlos ainda com dificuldade para identificar aquela voz, se levantou lentamente, sentia muita dor muscular, viu que havia uma porta dando para um banheiro, entrou na mesma, olhou os mínimos detalhes, ainda com muita dificuldade, ele tentava compreender a situação que estava, não sabia se era real, ou mais um de seus pensamentos medonhos, que já havia o-levado para lugares obscuros. Ligou a torneira e sentiu a água cair sobre suas mãos frias e pálidas, era delicioso, Carlos sentiu-se vivo novamente, molhou seu rosto e se olhou no espelho, viu suas feições, e chegou a conclusão de que tudo o que tinha passado foi apenas um pesadelo, não havia matado Juliet, e nem ouvido aquela voz medonha que o perturbou. Será ? Carlos estava muito confuso.
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5. Episódio cinco: Resultado exposto.
Carlos então decidiu acabar com a angustia e abriu a porta, se deparou com Fred e Ronaldo vestido em belos trajes góticos, roupas que começavam em seu pescoço e terminavam em suas pernas, linhas vermelhas dividia o traje em duas parte, e sobre seus pescoços estava ambos com um pingente de uma cruz de cabeça para baixo, e junto a ele um pentágono invertido. Carlos percebeu que Fred, antes o nerd que sonhava em fazer sucesso cantando músicas góticas, mesmo com intenções controversas era um ótimo menino, gostava de andar de bicicleta e os dois sempre andavam junto, porém seu olhar já não era o mesmo, em seu rosto só se via ganancia e rancor, sede por sucesso e fama. Ao seu lado vestido com o mesmo traje gótico jazia Ronaldo sobre a poltrona de coro preto. Ambos com cabelo grande e maquiado de tons fortíssimos em seus rostos. Carlos mal os reconhecia, se não fosse pelo sentimento que sentia ao estar perto deles, como assim também já sentiu antes e sempre sentia, já que sempre foram seus melhores amigos.
Cortando o silêncio que se fez ao Carlos entrar no comodo, Ronaldo com um sorriso sarcástico disse:
- A bela adormecida acordou, olha que magnifico. Pensei que teríamos que fazer o show sem o astro principal.
- O que está falando ? e por que você está vestido desse jeito? cê bateu a cabeça? - Diz Carlos.
- Tente esconder sua demência - Retrucou Fred - Débil mental.
Carlos chegou a se sentir ofendido, Fred e Ronaldo estava agressivo e diferentes.
- Vem cá, onde a gente estava ontem? - Pergunta Carlos, pensando que pudesse ter esquecido coisas por ter bebido de mais. - Por acaso bebemos ?
- Sim querido, temos habito de beber e comer vadias todas as sextas, sábados, domingos, segundas e no resto da semana, menos o Fred que é meio afeminado. - Diz Ronaldo rindo.
- Ok, por que estão vestidos assim? - Pergunta Carlos.
- Ah vai se fuder, não se faz de filha da puta e estrague nossa turnê! - Exclama Fred.
- Não fale assim com nosso irmãozinho. - Diz Ronaldo. - Eu disse pra ele não usar muita cocaína ontem.
- Jamais usei e jamais irei usar droga desse tipo! - Exclama Carlos já exaltado.
- Você fumo, cheirou, injetou e transou ontem. - Diz Fred cansado da conversa.
- Agora vai lá, Carlos. Vá se arrumar vá, temos show hoje, um muito importante. - Diz Ronaldo já se levantando da poltrona.
Fred encarou Carlos por alguns segundos e se retirou do enorme comodo do grande apartamento.
Carlos sem entender completamente nada, se sentou em um dos sofá da sala, e agora podia compreender que o seu pacto feito com os amigos, realmente funcionou. Famosos, ricos, e cantores. Era difícil de acreditar, Carlos ainda não tinha noção das circunstâncias, parecia que ele se perdeu no tempo e voltou depois de muitos acontecimentos.
- Não pode ser o que eu estou pensando. - Pensou Carlos. - Foi tão fácil assim? não pode ser. Tem algo de errado nisso.
Carlos terminou seu racíocinio deitando no sofá.
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Última edição por R.Lincoln em 8/9/2013, 17:51, editado 9 vez(es)
