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Comunidade Brasileira de Fãs de Zumbis


[História] ApocalipZe

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Sobrevivente
Morte Branca
Galileu
7 participantes

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O sol bateu radiante no rosto pálido de Victor fazendo-o acordar de repente, num típico dia de sábado. O relógio de pulso marcava 8:50, passou um tempo olhando para o relógio e lembrou-se do que havia combinado com sua esposa e filha, lembrou-se de que teria que organizar todo um piquenique em dez minutos! Levantou-se em saltos da cama e foi correndo ao banheiro, lavou o rosto, escovou os dentes, penteou o cabelo. Saiu para vestir-se e começou a preparar uma cesta com comes e bebes para ele e os amores de sua vida.

Recebeu uma ligação da esposa avisando que já estavam as duas no parque, esperando por ele, ansiosas. Faziam dois meses que elas não o viam, a saudade era forte e mesmo com diárias conversas pela internet, não havia como sanar a vontade carnal de abraçarem-se, beijarem-se e aninharem-se. Ele desligou o telefone, o coração começou a bater mais rápido, seu corpo parecia estar quente, mais quente que o normal, sentiu-se mais vivo que o normal... Pegou as chaves de seu carro, um Siena branco que ele ainda não terminara de pagar e dirigiu-se ao parque.

Estacionou seu carro em uma das vagas de estacionamento, saiu do carro e sentiu o aroma fresco do ar puro. O local era afastado da cidade e uma das poucas reservas naturais que ainda restavam por aquelas bandas, era local protegido, preservação contínua. Caminhou por alguns instantes e então encontrou-se com sua esposa e filha. Falou primeiro com a filha, pegou-a nos braços, a pequena tinha apenas 9 anos e adorava o pai. Abraçou-o com força e ele retribuiu com um abraço carinhoso, beijou-lhe à testa e colocou-a no chão, seu nome era Beatriz. Em seguida voltou seu olhar para a esposa, Laura. Olhou-a nos olhos, percebeu o brilho em seu olhar e emocionou-se ao vê-la depois de tanto tempo. Uma pequena lágrima escorreu de seu rosto e ele abraçou-a como não fazia há muito tempo, o perfume que ela usava era algo que mais lhe agradava, era doce e ácido. Seu cabelo castanho sempre cheiroso e sedoso, sua pele branquinha e macia, seus lábios rosados e carnudos. Beijou-a como da primeira vez, fecharam os olhos e apenas apreciaram o momento. O sabor de sua boca ainda era o mesmo que o conquistara anos atrás, doce, com gosto de morango.

Desgrudaram-se depois de alguns minutos, depois que sua filha, impaciente, começou a mexer na cesta que o pai tinha trazido. Sentaram-se, Victor organizou toda a área e colocou tudo no seu lugar, serviu a filha e deu de comer à sua esposa, tratando-a como uma rainha. Aquele deveria ser o dia perfeito, se não fosse por um mísero imprevisto, algum tipo de estranhice que só acontece em filmes de terror ou ficção. Algo que mudaria de fato a vida dos três, transformando tudo em desastre.

Enquanto acariciava o rosto de sua amada e olhava para ela, admirando-a, ele percebeu um alvoroço se formando, algo estranho. As pessoas que estavam ao redor do parque começaram a correr em desespero, gritando e chorando. Não havia sentido, não tinha lógica em do nada todas as pessoas do parque entrarem em desespero. Victor levantou-se, pediu que sua esposa e filha se acalmassem pois ele voltaria em breve. Saiu para verificar e buscou informações, mas nada conseguiu, tudo que recebeu foram frases do tipo: "Ele se levantou e tentou me morder!".

Victor estava envolto no meio de um desastre, uma tragédia, um apocalipse. Nada fazia sentido naquele momento, ele via as pessoas lutando umas com as outras, viam outras comendo-se, arrancado enormes pedaços da carne dos outros e comendo como se fossem animais selvagens. O gramado verde e bem aparado do parque estava sendo colorido em um vermelho escarlate grotesco. Sentiu um forte impulso de sair dali junto com sua família e simplesmente se salvar, ignorando todos os instintos que havia aprendido na profissão de bombeiro. Ele virou-se e saiu correndo para buscar Laura e Beatriz, mas, a poucos metros de distância ele viu as duas deitadas servindo de alimento para aquele bicho humanóide.

Não era algo que ele planejava ver, aquilo não deveria estar acontecendo. Uma explosão de fúria veio em seu corpo, a raiva consumiu-lhe a razão e transformou tudo em pura força bruta e ódio. O que era Victor tornou-se algo diferente, ele havia mudado... Partiu em disparada como um louco e avançou em cima da criatura, esmurrando-a e arrancando a carne de sua boca. Os socos bem desferidos começaram pouco à pouco a arrancar os dentes do demônio, pouco à pouco foram sendo jogados para fora, com um soco mais forte que os outros ele quebrou o maxilar da criatura, mas o bicho parecia não sentir nada, foi então que ele explodiu em uma fúria descontrolada. Juntou as duas mãos e começou a desferir socos no meio do rosto da pessoa, o nariz foi destruído, os olhos perfurados, o que antes era uma dentição perfeita tornou-se apenas uma boca disforme, o crânio foi completamente rachado e semi-destruído. Ainda em fúria, Victor desferiu chutes e mais chutes nas pernas e peito do animal, em um destes chutes ele quebrou os dois joelhos da criatura, fazendo com que os ossos saltassem da pele, o peitoral do homem começou a afundar ao ponto de suas costelas se quebrarem e tornarem-se cacos e mais cacos. Sangue espirrava por todo o corpo do homem, agora, totalmente desfigurado.

A fúria e raiva de Victor só foi acabar quando, em algum momento ele perdeu as forças, caindo de joelhos ao lado do homem deformado e começou a esmurrá-lo, caindo em lágrimas e tristeza. Virou-se para sua esposa e olhou para seu rosto, o que antes era a mulher mais linda que ele já havia visto, tornou-se uma face rasgada, destroçada, o animal havia arrancado um pedaço da bochecha de sua esposa. Laura estava morta, não havia o que fazer, mas sua filha não estava ali, sinal de que poderia estar viva. Victor levantou-se e começou a olhar ao seu redor em busca da filha.

- Beatriz! Beatriz, onde você está? Venha aqui! - gritava enquanto vasculhava cada centímetro do lugar.

A busca foi intensa e depois de quase meia hora de procura ele encontrou a filha, sentada no pé de uma árvore, chorando e agonizando de dor. Ele olhou para a filha e abraçou-a, procurou confortá-la, a cena que ela acabara de ver seria a pior coisa que ela já havia visto. Enquanto verificava se a filha estava bem, Victor percebeu que havia uma marca de mordidas em sua batata da perna, estava sangrando descontroladamente, tentou estancar o sangramento com as mãos mas não conseguiu. Pegou Beatriz nos braços e correu em direção a seu carro, precisava levá-la a um hospital o quanto antes. No caminho ela adormeceu, aquilo não era bom. Victor tentou mantê-la acordada, mas, quando ela adormeceu e acordou novamente algo havia mudado em sua filha. Ela estava diferente, seu olhar tímido e avermelhado pelas lágrimas agora estava esbranquiçado e leitoso, como os de um cego, ela não proferia palavras, apenas gemidos e grunhidos...

De supetão, Beatriz avançou no pescoço do pai, mas com reflexos rápidos ele conseguiu livrar-se de uma bela dentada que iria receber, no susto do momento ele acabou soltando a filha no chão. Victor caiu sentado no chão, assustado com a situação, seu olhar era de desespero e medo. Será que sua filha havia se tornado uma daquelas coisas? Beatriz levantou-se calmamente, olhou para o pai com um olhar penetrante e então começou a correr em sua direção. O que Victor deveria fazer? Lutar ou correr? Por míseros instantes ele não foi atacado por sua filha, ela havia chegado a centímetros de abocanhar seu braço quando ele desferiu um único golpe no rosto dela. Aquilo doeu mais nele do quê nela, tentou colocar o mínimo de força possível, não queria machucá-la, não era seu objetivo. A menina foi arremessada no ar e caiu de bruços no chão, Victor levantou-se e seguindo os instintos saiu correndo.

Lágrimas corriam pelo rosto de Victor, a cena de ver sua esposa morta e sua filha completamente mudada o assustava, não sabia o que fazer a partir dali, tudo que ele estava fazendo era correr e correr, correr em direção ao seu carro? Talvez. Em direção a sua casa? Era possível. Tudo que ele estava fazendo era correr, fugir, escapar daquele pesadelo estranho...

Última edição por Galileu em 8/1/2014, 17:44, editado 1 vez(es)

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Boe, ninguém comentou?
#Triste

 Triste 

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A vida tem dessas coisa...kkkkkkkkkk

galileu....ja pensou em cria Hq das historias?.... o conteúdo já tem

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Morte Branca escreveu:
A vida tem dessas coisa...kkkkkkkkkk

galileu....ja pensou em cria Hq das historias?.... o conteúdo já tem


Cadê que eu desenho bem assim pra fazer uma HQ né. Razz

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É só ir treinando  Afro Americano 

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Não achei muito criativo. Além disso achei bem curta a história, o inicio não é claro, a parte que ele vê a sua família sendo morta não é convincente, quem teria essa reação?

Bem, é só a minha opinião.

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Eu acho que foi bastante convincente.
A parte que ele desfere um soco mostra que ele fez mais instintivamente do que por violência.

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D'Leandro™️ escreveu:
Não achei muito criativo. Além disso achei bem curta a história, o inicio não é claro, a parte que ele vê a sua família sendo morta não é convincente, quem teria essa reação?

Bem, é só a minha opinião.


Um homem, na postura que estava, viu sua esposa ser praticamente comida viva por alguém. Eu acho que ele não ficaria ajoelhado ao lado dela gritando por ajuda ou algo do tipo, acredito que a razão se perderia e de certa forma, ele tentaria fazer o mesmo que aconteceu com sua esposa, no ser que a matou...

Em relação ao tamanho da história, eu realmente acho que minhas histórias são pequenas... Na verdade, eu não consigo escrever capítulos ou contos grandes, num ponto parecido com o de um livro real. Mas lembre-se que isto é um prólogo e ainda sim haverão continuações. Verdade seja dita, eu poderia ter descrito muito mais coisas nesse texto.

Obrigado pela crítica. Piscadinha

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Não que eu não tenha gostado, mas acho que a narração não foi tão eficiente como em outras histórias. Realmente você poderia ter explorado muito mais do que poderia ter explorado nesse prólogo, melhorando a narração e deixando-a mais calma. Parece que você escreveu realmente na pressa.

Espero ver continuações... Melhores.

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Gostei , bem profundo a sua historia !

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