A nova vida :
Já passamos por 50 dias enfrentando zumbis, mais parece que já se foram anos e mais anos. Não temos armas suficientes e nem meios de transporte seguro, andamos a pé e temos facas, quase não podemos sair para buscar suprimentos e da última vez que conseguimos sair, fiz um corte no meu braço e ainda estou me recuperando... Estamos estocando comida e já faz mais de uma semana, eu acho que não saímos da biblioteca de nossa escola, onde acampamos desde que nos encontramos. É muito difícil sobreviver com tão pouca comida e conforto, pois todos estavam acostumados com o conforto dos nossos lares e agora, nem sabemos se um dia iremos reencontrar nossa família, muitas vezes de noite ouço os outros chorarem enquanto os errantes se arrastam pela ruas lá fora e de dia temos que ficar em silêncio e não podemos fazer muitas coisas,afinal nem temos mais o que fazer,nossa única distração é alguns livros legais que achamos nas prateleiras,o silêncio deve ser absoluto pois,muitas vezes,os zumbis vagam dentro da escola porque tivemos que arrombar as entradas pra podermos acampar aqui dentro... Veremos até onde vamos conseguir chegar e quem vai conseguir chegar!
Os primeiros dias sombrios :
Depois que eu e os sobreviventes conseguimos invadir a escola e acampar na biblioteca nos dividimos em duplas e invadimos nossas casas para pegar suprimentos, roupas e coisas pra nos aquecermos. Depois de pegarmos tudo que conseguimos em nossas casas precisávamos invadir algum mercado pra tentar pegar mais comida, escolhemos o mercado que fica mais perto da escola assim podíamos pegar mais coisas. Éramos 7 depois da invasão ao mercado ficamos com 5,perdemos dois aliados e tivemos que “limpar” o mercado com nossas simples facas domésticas e ferramentas,depois que conseguimos deixar só os vivos vagando no mercado,enchemos nossas bolsas com alimentos não perecíveis e mais algumas ferramentas que podiam nos ajudar na proteção do acampamento,o tempo que o mercado ficou livre de errantes foi suficiente pra ir duas vezes,agora tínhamos alimentos suficientes para sobreviver por pelo menos uns 45 ou 50 dias,se não fizéssemos desperdício. Nossa próxima tarefa era transformar a biblioteca em um lugar um pouco mais agradável de viver e enquanto fazíamos isso ocupávamos nossas cabeças e não pensamos tanto na nossa atual situação, primeiro tiramos todos os livros das prateleiras deixando apenas alguns que interessavam mais, com todos os livros fizemos uma proteção perto da escada que leva a biblioteca deixando espaço que deixa livre a entrada de três outras salas e a sala dos professores que tem coisas mais confortáveis e um pequeno banheiro. Nas primeiras noites no nosso acampamento improvisado colocamos alguns lençóis e outras coisas que tínhamos pegado em nossas casas, deitamos, mas quem disse que dormimos? A única certeza que temos é que as noites serão longas!
Adaptação :
No começo não foi fácil pra ninguém, todos estavam acostumados com o conforto de uma cama, água quente pra tomar banho, comida á vontade... Agora dormimos no chão, praticamente não tem água, pois se usarmos a água que temos para tomar banho morreremos de sede, temos que racionar ao máximo os poucos alimentos que temos porque não é nem um pouco fácil conseguir mais,apesar das prateleiras do mercado estarem cheias de comida. Alguns ainda não caíram na realidade, estamos sozinhos, talvez só tenha sobrado algumas pessoas no mundo todo e a chance de nunca conseguirmos nos comunicar de novo com outras pessoas cresce a cada dia. Parece que o tempo não passa mais na verdade ele voa e logo faltará comida e água, teremos que arriscar nossas vidas pra não morrer. Ironia, não? Ninguém sabe o porquê desse vírus que está infectando todos, mais no fim todos sabem que só sobreviverão os FORTES!
Voltando ao Presente :
Pelas contas de todos sobreviventes do nosso grupo já faz 63 dias que o apocalipse começou e a comida que conseguimos pegar na primeira semana já está quase se esgotando, a água também é muito pouca, ninguém queria mais vamos ter que sair de novo, é assustador lá fora, até pra quem achava que estava preparado. ~ um dia depois ~ Não tem mais como adiar, vai ter que ser hoje!Depois de tanto tempo trancados aqui “seguros” enfrentaremos novamente o caos que se espalha lá fora. Pegamos todas nossas bolsas e qualquer coisa que poderíamos usar para trazer mais suprimentos, faremos o possível pra pegar o suficiente para passar mais 60 dias pelo menos. Assim que saímos da biblioteca... Uma surpresa nem um pouco agradável, zumbis andando livremente pelos corredores, tivemos sorte, pois eram só uns 4 ou 5 no máximos,demos conta deles numa boa, o problema maior estava do lado de fora esperando por nós. “É incrível como eles não se cansam nem por 1 minuto”, disse uma pessoa do grupo. ”Não são pessoas, ou pelo menos não mais...”, foi só o que consegui responder em meio a toda aquela confusão. Como eu esperava foi realmente muito assustador sair lá fora de novo, tudo que um dia conhecemos tinha mudado! O mercado fica muito próximo da escola, isso é a única coisa que temos a nosso favor, mas nada era bom quando chegamos. Lá dentro estava tudo espalhado nos corredores, tudo sujo, nos dividimos em dois grupos, uns pegavam a comida e outros davam cobertura, não foi fácil mais conseguimos e, outra vez tínhamos suprimentos. Na volta até que a rua estava mais calma tivemos que matar só três engraçadinhos que ficaram no nosso caminho, o que ou quem será que tinha atraído eles para outro lugar? Só que agora isso não era o que importava, nós só queríamos era chegar logo na escola, entrar na biblioteca e começar a guardar a comida nas prateleiras, dessa vez íamos economizar mais pra não ter que sair outra vez pelo menos nas próximas semanas, ou até meses se conseguíssemos. Conseguimos entrar de novo na escola sem muitos problemas só que, ao chegarmos na barricada de livros que protegia a biblioteca e outras três salas...
O ataque :
Tinha no mínimo uns 25 ou 30 zumbis, mal deu tempo de pensarmos, a única coisa que poderíamos fazer no momento era jogar nossas bolsas e sacolas de suprimentos no chão e começar a atacar com nossas simples facas, a maioria delas daquelas simples de cozinha. Boa parte do grupo nunca tinha nem se envolvido nas atividades mais violentas, quando nós éramos atacados ou atacávamos as meninas frágeis que além de nunca ajudarem só ficam chorando nos cantos, dos cinco sobreviventes do nosso grupo são três meninas (contando comigo) e dois meninos, as outras duas meninas nem sabiam como se matava um errante, nem se eles precisassem de uma maquiagem de arrasar não poderíamos chamar elas, nem isso elas sabiam fazer.
Apesar do susto não demoramos muito pra matar os zumbis e fechar a barreira que tínhamos construído, só subimos pra deixar os suprimentos e aquelas garotas fúteis na biblioteca e descemos novamente para tirarmos os corpos dali, não demoraria até o cheiro chegar lá em cima e não ia ser nem um pouco agradável, já não é agradável agüentar aquelas “mortas” vivendo conosco.
Primeiro saímos pra fazer mais uma limpeza no lugar pra podermos juntar todos os corpos de uma vez só e queimarmos tudo depois, não podíamos desperdiçar fogo e nem chamar atenção atoa, afinal não precisávamos de mais sobreviventes junto com a gente, não se fossem outros bundões igual às outras, seria desperdício de comida, só isso.
Depois de tanto trabalho fomos descansar e eu não conseguia pensar em outra coisa senão expulsar aquelas nojentas do nosso acampamento, sobraria mais água e comida e cobertores e espaço. Depois de quase uma hora observando elas e pensando, criei coragem e chamei os meninos pra uma reunião e falei pra eles tudo que eu sentia a respeito das nossas companheiras, fizemos um acordo, se elas não começassem a fazer algo útil em uma semana iríamos expulsar elas do nosso grupo, não íamos colocá-las para fora no meio de todo aquele caos, elas só teriam que ficar em outra sala da escola, que não fosse nenhuma das nossas quatro, e iam ter que arranjar seus próprios suprimentos e armas.
Quando contamos para elas sobre o acordo, ficaram perplexas e queriam me bater e tentaram bater nos meninos, loucas, pensaram que iam conseguir encostar um dedinho sequer na gente, se fizessem isso virariam comida de zumbi, depois que elas se acalmaram os meninos vieram falar para mim que eu estava certa e que devíamos tomar uma providencia imediatamente. Falamos pra elas juntarem tudo que era delas, demos um pouco de água e comida, o suficiente por uns quatro ou cinco dias, o tempo pra elas limparem uma sala bem longe da nossa ou decidirem onde iam ficar.Não foi maldade só cansamos daquelas inúteis!
Apesar do susto não demoramos muito pra matar os zumbis e fechar a barreira que tínhamos construído, só subimos pra deixar os suprimentos e aquelas garotas fúteis na biblioteca e descemos novamente para tirarmos os corpos dali, não demoraria até o cheiro chegar lá em cima e não ia ser nem um pouco agradável, já não é agradável agüentar aquelas “mortas” vivendo conosco.
Primeiro saímos pra fazer mais uma limpeza no lugar pra podermos juntar todos os corpos de uma vez só e queimarmos tudo depois, não podíamos desperdiçar fogo e nem chamar atenção atoa, afinal não precisávamos de mais sobreviventes junto com a gente, não se fossem outros bundões igual às outras, seria desperdício de comida, só isso.
Depois de tanto trabalho fomos descansar e eu não conseguia pensar em outra coisa senão expulsar aquelas nojentas do nosso acampamento, sobraria mais água e comida e cobertores e espaço. Depois de quase uma hora observando elas e pensando, criei coragem e chamei os meninos pra uma reunião e falei pra eles tudo que eu sentia a respeito das nossas companheiras, fizemos um acordo, se elas não começassem a fazer algo útil em uma semana iríamos expulsar elas do nosso grupo, não íamos colocá-las para fora no meio de todo aquele caos, elas só teriam que ficar em outra sala da escola, que não fosse nenhuma das nossas quatro, e iam ter que arranjar seus próprios suprimentos e armas.
Quando contamos para elas sobre o acordo, ficaram perplexas e queriam me bater e tentaram bater nos meninos, loucas, pensaram que iam conseguir encostar um dedinho sequer na gente, se fizessem isso virariam comida de zumbi, depois que elas se acalmaram os meninos vieram falar para mim que eu estava certa e que devíamos tomar uma providencia imediatamente. Falamos pra elas juntarem tudo que era delas, demos um pouco de água e comida, o suficiente por uns quatro ou cinco dias, o tempo pra elas limparem uma sala bem longe da nossa ou decidirem onde iam ficar.Não foi maldade só cansamos daquelas inúteis!
Suicídio :
Depois que expulsamos as meninas da nossa área da escola ficamos tranqüilos por algumas semanas, já que não ouvimos nenhum barulho suspeito e ficamos sempre vigiando.
Umas duas semanas depois, era de tarde (eu acho), ouvimos um grito. Quando saímos pra verificar o que era tivemos uma surpresa, um presentinho que as meninas tinham deixado pra gente, elas destruíram nossa barricada e deixaram os zumbis invadirem nossa área e depois, gritaram pra nos atrair. Até que foram espertas, mas nem tanto, o grito atraiu quase todos para o outro lado e deixou mais fácil pra gente ir até lá, elas ficaram surpresas quando nos viram chegar na sala delas metendo o pé na porta.
Eu fiquei descontrolada, se os garotos não tivessem me segurado eu tinha enfiado a faca nas duas. Colocamos elas pra fora, mas não jogamos elas na rua sem comida e água, só tiramos elas do nosso grupo, elas ainda tinham o que comer, o que beber e até nossa ajuda se precisassem e, ao invés de aproveitarem elas traíram nossa confiança, de novo pois, no inicio confiamos nelas e colocamos elas no nosso grupo mesmo eu não gostando delas, ta vou explicar melhor:
Antes dessa bagunça toda começar e mudar completamente nossas vidas, todos que são ou eram do meu grupo estudavam comigo, na mesma escola, e todo mundo se conhecia, mas não éramos muito amigos, eu só era amiga dos dois garotos, mas, eu odiava as duas garotas, a mais fofoqueira e a mais vadia uma delas já tinha até namorado um dos garotos mas largou ele por causa de outro, por isso não gostávamos delas.
Voltando a nossa real situação, além de quase nos matar elas começaram a discutir nossa situação alegando que não era justo deixarmos elas por conta própria e elas não deixam de estar certas, antes do apocalipse elas só cuidavam da vida alheia, ou seja, não sabem fazer nada.Eu e os garotos combinamos que íamos pensar mais a respeito, mas eu não pretendia ceder, elas não iam voltar ao nosso grupo!
Uns dois dias depois quando voltamos a sala delas para dizer o que havíamos decidido, encontramos as duas caídas no chão, aparentemente mortas, mas, apenas uma delas estava morta.Quando a outra garota acordou ela explicou que tinha saído por apenas uns cinco minutos pra verificar como estava a situação lá fora e quando voltou, ela já estava caída lá com uma caneta enfiada no pescoço, ao ver tal imagem tão horrível ela desmaiou.
Depois desse acontecimento seria maldade deixar ela sozinha no meio de toda essa situação, levamos ela pra nossa área segura, mas deixamos ela em outra sala.Eu odiava ela, não seria capaz de conviver todo dia ao lado dela sem tentar(ou conseguir)mata-la. Não queria deixá-la sozinha no meio dos zumbis, mas, também não queria ela ao meu lado!
Umas duas semanas depois, era de tarde (eu acho), ouvimos um grito. Quando saímos pra verificar o que era tivemos uma surpresa, um presentinho que as meninas tinham deixado pra gente, elas destruíram nossa barricada e deixaram os zumbis invadirem nossa área e depois, gritaram pra nos atrair. Até que foram espertas, mas nem tanto, o grito atraiu quase todos para o outro lado e deixou mais fácil pra gente ir até lá, elas ficaram surpresas quando nos viram chegar na sala delas metendo o pé na porta.
Eu fiquei descontrolada, se os garotos não tivessem me segurado eu tinha enfiado a faca nas duas. Colocamos elas pra fora, mas não jogamos elas na rua sem comida e água, só tiramos elas do nosso grupo, elas ainda tinham o que comer, o que beber e até nossa ajuda se precisassem e, ao invés de aproveitarem elas traíram nossa confiança, de novo pois, no inicio confiamos nelas e colocamos elas no nosso grupo mesmo eu não gostando delas, ta vou explicar melhor:
Antes dessa bagunça toda começar e mudar completamente nossas vidas, todos que são ou eram do meu grupo estudavam comigo, na mesma escola, e todo mundo se conhecia, mas não éramos muito amigos, eu só era amiga dos dois garotos, mas, eu odiava as duas garotas, a mais fofoqueira e a mais vadia uma delas já tinha até namorado um dos garotos mas largou ele por causa de outro, por isso não gostávamos delas.
Voltando a nossa real situação, além de quase nos matar elas começaram a discutir nossa situação alegando que não era justo deixarmos elas por conta própria e elas não deixam de estar certas, antes do apocalipse elas só cuidavam da vida alheia, ou seja, não sabem fazer nada.Eu e os garotos combinamos que íamos pensar mais a respeito, mas eu não pretendia ceder, elas não iam voltar ao nosso grupo!
Uns dois dias depois quando voltamos a sala delas para dizer o que havíamos decidido, encontramos as duas caídas no chão, aparentemente mortas, mas, apenas uma delas estava morta.Quando a outra garota acordou ela explicou que tinha saído por apenas uns cinco minutos pra verificar como estava a situação lá fora e quando voltou, ela já estava caída lá com uma caneta enfiada no pescoço, ao ver tal imagem tão horrível ela desmaiou.
Depois desse acontecimento seria maldade deixar ela sozinha no meio de toda essa situação, levamos ela pra nossa área segura, mas deixamos ela em outra sala.Eu odiava ela, não seria capaz de conviver todo dia ao lado dela sem tentar(ou conseguir)mata-la. Não queria deixá-la sozinha no meio dos zumbis, mas, também não queria ela ao meu lado!
Conseguindo armas :
Acordamos muito cedo, praticamente junto com o Sol.
Pra falar a verdade eu não tinha dormido nada naquela noite, só fiquei pensando que a garota que estava “junto conosco” poderia ser nossa pior inimiga. Como dormir pensando nisso? E não confiava nela, nenhum de nós confiávamos, nem antes do apocalipse. Garota falsa, dissimulada, não merecia confiança, afinal, ela já havia traído minha confiança antes.
Já passou bastante tempo, conseguimos agüentar bem até agora, apesar das brigas e problemas. Estava na hora de tentarmos buscar armas, a delegacia não ficava muito longe, já conseguimos sair outras vezes, porque não arriscar de novo?
Aproveitando que todos acordaram cedo e com uma dose a mais de coragem, decidimos que naquele dia iríamos invadir qualquer lugar, faríamos o que fosse preciso para termos mais armas, mais segurança.
Depois de comer alguma coisa arrumamos nossas mochilas e descemos as escadas para verificar se tinha muitos errantes no caminho e também como estava nossa convidada, enquanto os garotos fizeram uma limpeza no caminho eu tranquei ela na sala, eles nem perceberam, eu não iria deixar tudo a disposição dela, nossa comida, água, roupas, algumas armas. Ela estava dormindo, mas, quando acordasse iria ficar bem furiosa e eu teria que dar algumas explicações aos garotos tipo, porque eu fiz aquilo sem consultar ninguém. Eu não sou do tipo que precisa de permissão, não preciso dar satisfação do que eu faço.
Depois que chegamos na rua, estava tudo tão quieto, parecia que a vida tinha voltado ao normal e que encontraríamos pessoas andando na rua normalmente indo para o trabalho ou para a escola, toda aquela história de zumbis tinha sido apenas um sonho, e que nós tínhamos ficado presos na biblioteca porque fecharam a escola enquanto estudávamos lá. Só que nada tinha voltado a ser como era, ainda tínhamos que fazer silêncio para não sermos atacados e devorados por criaturas terríveis que, até agora, ninguém sabia como haviam surgido.
Foi muito estranho, por todo o caminho só encontramos uns cinco ou seis errantes, era uma coisa boa mais não era o que estávamos esperando encontrar. Quando chegamos na porta da delegacia perdemos 70% da nossa esperança pois, a porta já estava arrombada e tudo lá dentro estava bagunçado.
Por mais que andamos e reviramos tudo lá dentro a única coisa que achamos foi um policial morto no chão com um revólver na cintura e algumas munições, não tínhamos a intenção de usar só o revólver, seria apenas para emergências, mas esperávamos encontrar mais coisas. Reviramos tudo lá dentro novamente, pela milésima vez e saímos.
Aproveitando a calma das ruas, resolvemos ir até a lojinha de material de construção que não ficava muito longe dali e tinha simples portas de vidro, seria fácil entrar. Ao chegarmos lá não foi difícil entrar, como já esperávamos tudo lá dentro estava intacto, ninguém tinha tentado entrar lá desde que tudo isso começou, não tinha muitas coisas úteis, só pegamos algumas ferramentas e armas brancas. Nosso plano era voltar para a escola, deixar as coisas e tentar uma busca na Polícia, ficava apenas a algumas quadras da escola e não custava nada tentar.
Chegando na escola os garotos descobriram que eu havia trancado a inútil na sala, quando abri a porta a “coitadinha” estava lá no chão, chorando, e quando nos viu começou a dizer “Puxa, vocês não confiam mesmo em mim hein? O eu poderia fazer enquanto vocês estavam lá fora? Eu tenho que ir embora daqui, já percebi que não sou bem vinda!”, eu não me comovi nem um pouco, os garotos fecharam a porta e me falaram que íamos ter que conversar. Eu já esperava isso, me disseram que quando eu for fazer alguma coisa eu tenho que avisá-los, eu pedi desculpa e apenas disse que estava protegendo nossos suprimentos e que se eles não perceberam que ela é uma cobra, eu tinha percebido há muito tempo.
Aquela foi à primeira “crise” entre mim e os garotos. Ficamos meio estranhos um com o outro depois disso, nem fomos até a Polícia naquele dia, só ficamos lá, sentados olhando pro chão...
Pra falar a verdade eu não tinha dormido nada naquela noite, só fiquei pensando que a garota que estava “junto conosco” poderia ser nossa pior inimiga. Como dormir pensando nisso? E não confiava nela, nenhum de nós confiávamos, nem antes do apocalipse. Garota falsa, dissimulada, não merecia confiança, afinal, ela já havia traído minha confiança antes.
Já passou bastante tempo, conseguimos agüentar bem até agora, apesar das brigas e problemas. Estava na hora de tentarmos buscar armas, a delegacia não ficava muito longe, já conseguimos sair outras vezes, porque não arriscar de novo?
Aproveitando que todos acordaram cedo e com uma dose a mais de coragem, decidimos que naquele dia iríamos invadir qualquer lugar, faríamos o que fosse preciso para termos mais armas, mais segurança.
Depois de comer alguma coisa arrumamos nossas mochilas e descemos as escadas para verificar se tinha muitos errantes no caminho e também como estava nossa convidada, enquanto os garotos fizeram uma limpeza no caminho eu tranquei ela na sala, eles nem perceberam, eu não iria deixar tudo a disposição dela, nossa comida, água, roupas, algumas armas. Ela estava dormindo, mas, quando acordasse iria ficar bem furiosa e eu teria que dar algumas explicações aos garotos tipo, porque eu fiz aquilo sem consultar ninguém. Eu não sou do tipo que precisa de permissão, não preciso dar satisfação do que eu faço.
Depois que chegamos na rua, estava tudo tão quieto, parecia que a vida tinha voltado ao normal e que encontraríamos pessoas andando na rua normalmente indo para o trabalho ou para a escola, toda aquela história de zumbis tinha sido apenas um sonho, e que nós tínhamos ficado presos na biblioteca porque fecharam a escola enquanto estudávamos lá. Só que nada tinha voltado a ser como era, ainda tínhamos que fazer silêncio para não sermos atacados e devorados por criaturas terríveis que, até agora, ninguém sabia como haviam surgido.
Foi muito estranho, por todo o caminho só encontramos uns cinco ou seis errantes, era uma coisa boa mais não era o que estávamos esperando encontrar. Quando chegamos na porta da delegacia perdemos 70% da nossa esperança pois, a porta já estava arrombada e tudo lá dentro estava bagunçado.
Por mais que andamos e reviramos tudo lá dentro a única coisa que achamos foi um policial morto no chão com um revólver na cintura e algumas munições, não tínhamos a intenção de usar só o revólver, seria apenas para emergências, mas esperávamos encontrar mais coisas. Reviramos tudo lá dentro novamente, pela milésima vez e saímos.
Aproveitando a calma das ruas, resolvemos ir até a lojinha de material de construção que não ficava muito longe dali e tinha simples portas de vidro, seria fácil entrar. Ao chegarmos lá não foi difícil entrar, como já esperávamos tudo lá dentro estava intacto, ninguém tinha tentado entrar lá desde que tudo isso começou, não tinha muitas coisas úteis, só pegamos algumas ferramentas e armas brancas. Nosso plano era voltar para a escola, deixar as coisas e tentar uma busca na Polícia, ficava apenas a algumas quadras da escola e não custava nada tentar.
Chegando na escola os garotos descobriram que eu havia trancado a inútil na sala, quando abri a porta a “coitadinha” estava lá no chão, chorando, e quando nos viu começou a dizer “Puxa, vocês não confiam mesmo em mim hein? O eu poderia fazer enquanto vocês estavam lá fora? Eu tenho que ir embora daqui, já percebi que não sou bem vinda!”, eu não me comovi nem um pouco, os garotos fecharam a porta e me falaram que íamos ter que conversar. Eu já esperava isso, me disseram que quando eu for fazer alguma coisa eu tenho que avisá-los, eu pedi desculpa e apenas disse que estava protegendo nossos suprimentos e que se eles não perceberam que ela é uma cobra, eu tinha percebido há muito tempo.
Aquela foi à primeira “crise” entre mim e os garotos. Ficamos meio estranhos um com o outro depois disso, nem fomos até a Polícia naquele dia, só ficamos lá, sentados olhando pro chão...
Problemas Inesperados :
Aquele seria mais um dia “comum” na nossa vida de sobreviventes, nem teríamos novas notícias se não tivéssemos aberto a porta!
Havia muitos zumbis, mais do que já tínhamos visto, mais do que estávamos acostumados, mais do que poderíamos dar conta.
Simplesmente fechamos a porta e colocamos mesas e outras coisas pesadas, mais do que nunca tínhamos que fazer silêncio, o que mais poderíamos fazer além disso? Não tínhamos armas que fossem eficazes o suficiente para matar toda aquela horda. Talvez eles fossem embora depois de alguns dias, duas semanas no máximo.
Começamos a fazer planos, estratégias, naquele momento nossas brigas bobas sumiram das nossas mentes, esquecemos nossa “colega”, não tínhamos tempo para nos preocupar com ela, estávamos pensando como iríamos sobreviver se os zumbis não saíssem da nossa área segura.
Os pensamentos eram meus piores inimigos, em momento algum deixei de pensar que aquilo só era mais uma armadilha dela, uma tentativa de destruir nosso grupo, destruir a amizade que existia entre eu e os garotos. Ela era uma pessoa horrível, sempre foi, mesmo antes de tudo isso começar.
Mas, naquele momento a única coisa que tínhamos que fazer era pensar, pensar muito rápido. Cochichamos alguns planos e então chegamos a conclusão de que a gente tinha que fazer um “ponto seguro” dentro daquela sala que costumava ser a biblioteca onde estudávamos e pegávamos livros para ler a fim de termos um futuro melhor. Que ironia, aquela biblioteca nos daria um futuro “melhor”, era o que nos protegia agora daquelas coisas que costumavam ser humanos.
Começamos a juntar algumas prateleiras, fizemos o mínimo de barulho possível, mais foi o suficiente para deixar os zumbis um pouco mais irritados do que já estavam. Fizemos um quadrado, pequeno, usando três prateleiras (que eram de metal) e a parede, pegamos todos os lençóis que tínhamos e começamos a cobrir as prateleiras. Conseguimos cobrir as prateleiras de cima até embaixo, montamos nossas camas lá dentro, levamos todas nossas coisas e o máximo de suprimentos que conseguimos para lá.
Pelos nossos cálculos demoramos quase uma hora para fazer tudo. Depois disso, a única coisa que poderíamos fazer era sentar e esperar, claro que muitas vezes tentamos, e conseguimos espiar pelo buraco da fechadura, pela janela, mas, tudo estava sempre igual, tudo cercado por zumbis.
Não entendíamos nada naquele momento, dois dias atrás saímos tranquilamente na rua, estava tudo tão calmo e agora, o caos dominava tudo ao nosso redor. Devia faltar pouco para escurecer quando nos lembramos da garota que estava lá embaixo, naquele momento o garoto que dizia já ter superado o amor que sentia por ela, ficou completamente desesperado, ela queria ir lá fora ver se ela estava bem, se ela estava viva. Obviamente eu não, deixei o amor que eu tinha por ele, por nossa amizade que já durava bem mais de três anos me fez segura-lo lá, mas, nada fazia ele desistir da idéia de bancar o herói para a “Miss Falsidade e Traição”, só havia uma coisa que eu poderia fazer para que ele não saísse, uma coisa que eu teria que explicar muito bem, isso prenderia a atenção dele. Eu não pensei muito, simplesmente fiz aquilo para proteger ele...
Havia muitos zumbis, mais do que já tínhamos visto, mais do que estávamos acostumados, mais do que poderíamos dar conta.
Simplesmente fechamos a porta e colocamos mesas e outras coisas pesadas, mais do que nunca tínhamos que fazer silêncio, o que mais poderíamos fazer além disso? Não tínhamos armas que fossem eficazes o suficiente para matar toda aquela horda. Talvez eles fossem embora depois de alguns dias, duas semanas no máximo.
Começamos a fazer planos, estratégias, naquele momento nossas brigas bobas sumiram das nossas mentes, esquecemos nossa “colega”, não tínhamos tempo para nos preocupar com ela, estávamos pensando como iríamos sobreviver se os zumbis não saíssem da nossa área segura.
Os pensamentos eram meus piores inimigos, em momento algum deixei de pensar que aquilo só era mais uma armadilha dela, uma tentativa de destruir nosso grupo, destruir a amizade que existia entre eu e os garotos. Ela era uma pessoa horrível, sempre foi, mesmo antes de tudo isso começar.
Mas, naquele momento a única coisa que tínhamos que fazer era pensar, pensar muito rápido. Cochichamos alguns planos e então chegamos a conclusão de que a gente tinha que fazer um “ponto seguro” dentro daquela sala que costumava ser a biblioteca onde estudávamos e pegávamos livros para ler a fim de termos um futuro melhor. Que ironia, aquela biblioteca nos daria um futuro “melhor”, era o que nos protegia agora daquelas coisas que costumavam ser humanos.
Começamos a juntar algumas prateleiras, fizemos o mínimo de barulho possível, mais foi o suficiente para deixar os zumbis um pouco mais irritados do que já estavam. Fizemos um quadrado, pequeno, usando três prateleiras (que eram de metal) e a parede, pegamos todos os lençóis que tínhamos e começamos a cobrir as prateleiras. Conseguimos cobrir as prateleiras de cima até embaixo, montamos nossas camas lá dentro, levamos todas nossas coisas e o máximo de suprimentos que conseguimos para lá.
Pelos nossos cálculos demoramos quase uma hora para fazer tudo. Depois disso, a única coisa que poderíamos fazer era sentar e esperar, claro que muitas vezes tentamos, e conseguimos espiar pelo buraco da fechadura, pela janela, mas, tudo estava sempre igual, tudo cercado por zumbis.
Não entendíamos nada naquele momento, dois dias atrás saímos tranquilamente na rua, estava tudo tão calmo e agora, o caos dominava tudo ao nosso redor. Devia faltar pouco para escurecer quando nos lembramos da garota que estava lá embaixo, naquele momento o garoto que dizia já ter superado o amor que sentia por ela, ficou completamente desesperado, ela queria ir lá fora ver se ela estava bem, se ela estava viva. Obviamente eu não, deixei o amor que eu tinha por ele, por nossa amizade que já durava bem mais de três anos me fez segura-lo lá, mas, nada fazia ele desistir da idéia de bancar o herói para a “Miss Falsidade e Traição”, só havia uma coisa que eu poderia fazer para que ele não saísse, uma coisa que eu teria que explicar muito bem, isso prenderia a atenção dele. Eu não pensei muito, simplesmente fiz aquilo para proteger ele...
Intrigas :
Sim, eu beijei meu melhor amigo, e me senti horrível por ter feito aquilo, ainda mais por ter feito aquilo na frente do único garoto que já havia demonstrado amor verdadeiro por mim. Eu gostava muito dele, mas, nada, nem mesmo um grande amor seria capaz de passar por cima de uma longa amizade como aquela.
Depois que eu fiz aquilo que eu percebi que eu mesma tinha passado por cima da minha amizade, não sei se fui egoísta e se tinha feito aquilo por ciúme, minha cabeça estava confusa demais e eu não conseguia olhar para nenhum deles, não conseguiria olhar nem para mim mesma se tivesse um espelho na minha frente.
Eu pensei que tinha feito tudo que podia para evitar que meu melhor amigo se arriscasse, mas, não foi o suficiente. Aquilo não foi o suficiente para manter ele seguro, ele olhou na minha cara e começou a abrir a porta, eu respirei fundo, peguei todo ar que eu podia como se fosse mergulhar na imensidão do oceano e simplesmente disse aquelas três palavras, palavras idiotas, sem o menor sentido, mas, aquelas três palavras foram o suficiente para fazer com que ele ficasse na sala: EU TE AMO!
Nem eu tinha entendido o que estava acontecendo, me isolei de todos e todos se isolaram de mim, naquele momento senti uma coisa que ninguém jamais iria querer sentir em uma situação daquela, eu senti que estava sozinha, completamente vulnerável a todos os perigos do mundo lá fora, ninguém iria lutar por mim, nem eu mesma iria lutar para permanecer viva. Naquele momento eu só queria deitar e dormir ou talvez quisesse que tudo aquilo fosse apenas um sonho, um terrível pesadelo.
Foram três longas horas no silêncio total, já era noite quando meu maior pesadelo do momento se tornou realidade, aquela seria a hora em que eu tinha que enfrentar meu melhor amigo e aquele que costumava me amar, eu tinha apenas duas opções: contar a verdade ou prosseguir com a mentira. Por um momento só ficamos sentados em circulo olhando para o chão, quem começou a conversa foi meu amigo:
- O que foi aquilo hein? Você sabe muito bem que eu te amava, fiz de tudo pra você me amar só que a única coisa que eu ganhei em troca foi humilhação e ódio, depois viramos melhores amigos e agora você vem dizer que me ama?
- Eu estou muito confusa agora, nem sei o que dizer.
Isso era a única coisa que eu podia falar, não era para ter mais tempo, era a verdade. Eu estava confusa e não sabia o que dizer, tudo que tinha falado era verdade, uma verdade que eu queria esquecer, mas, eu não podia esquecer tudo aquilo.
Não sei se pra minha sorte ou azar, a única coisa que ele queria era uma simples resposta, o problema era a pergunta:
- Você realmente me ama?
Aquilo me deixou mais confusa do que já estava eu sabia que qualquer resposta mudaria completamente os rumos da nossa vida. Um sim faria com que eu perdesse meu verdadeiro amor. Um não poderia fazer com que eu perdesse meu melhor amigo, que eu conheci bem antes. Poucas vezes eu tinha o poder de decidir meu futuro, naquele momento eu achava que poderia decidi-lo, eu tinha que escolher entre um amor e uma amizade, o que era mais importante pra mim?
- Sim!
Aquela foi minha resposta. Meu amigo não tentou mais sair, ele nem chegou perto da porta. Aquilo era um alivio, em compensação, meu antigo amor nem olhou mais na minha cara. Estava cheio de zumbis lá fora, naquela hora a gente tinha que se unir e não se separar, eu tomei coragem, levantei e falei:
- Escutem, vocês tem todos os motivos do mundo para estarem bravos comigo, mas, agora temos que ficar juntos e unidos por que sei que mesmo quando estamos brigados, a gente protege um ao outro e agora é o pior momento pra ficarmos nos preocupando com briguinhas idiotas. Quando a poeira abaixar eu vou tentar explicar tudo pra você, mas, agora, quem está comigo?
Apesar de tudo, naquele momento estávamos juntos novamente. Iríamos lutar um pela vida do outro se fosse preciso, tínhamos certeza que podia haver milhares de brigas, mas, continuávamos nos amando. Amor de amigo ou não, sentíamos amor uns pelos outros e faríamos de tudo para sairmos vivos e juntos dessa situação!
Depois que eu fiz aquilo que eu percebi que eu mesma tinha passado por cima da minha amizade, não sei se fui egoísta e se tinha feito aquilo por ciúme, minha cabeça estava confusa demais e eu não conseguia olhar para nenhum deles, não conseguiria olhar nem para mim mesma se tivesse um espelho na minha frente.
Eu pensei que tinha feito tudo que podia para evitar que meu melhor amigo se arriscasse, mas, não foi o suficiente. Aquilo não foi o suficiente para manter ele seguro, ele olhou na minha cara e começou a abrir a porta, eu respirei fundo, peguei todo ar que eu podia como se fosse mergulhar na imensidão do oceano e simplesmente disse aquelas três palavras, palavras idiotas, sem o menor sentido, mas, aquelas três palavras foram o suficiente para fazer com que ele ficasse na sala: EU TE AMO!
Nem eu tinha entendido o que estava acontecendo, me isolei de todos e todos se isolaram de mim, naquele momento senti uma coisa que ninguém jamais iria querer sentir em uma situação daquela, eu senti que estava sozinha, completamente vulnerável a todos os perigos do mundo lá fora, ninguém iria lutar por mim, nem eu mesma iria lutar para permanecer viva. Naquele momento eu só queria deitar e dormir ou talvez quisesse que tudo aquilo fosse apenas um sonho, um terrível pesadelo.
Foram três longas horas no silêncio total, já era noite quando meu maior pesadelo do momento se tornou realidade, aquela seria a hora em que eu tinha que enfrentar meu melhor amigo e aquele que costumava me amar, eu tinha apenas duas opções: contar a verdade ou prosseguir com a mentira. Por um momento só ficamos sentados em circulo olhando para o chão, quem começou a conversa foi meu amigo:
- O que foi aquilo hein? Você sabe muito bem que eu te amava, fiz de tudo pra você me amar só que a única coisa que eu ganhei em troca foi humilhação e ódio, depois viramos melhores amigos e agora você vem dizer que me ama?
- Eu estou muito confusa agora, nem sei o que dizer.
Isso era a única coisa que eu podia falar, não era para ter mais tempo, era a verdade. Eu estava confusa e não sabia o que dizer, tudo que tinha falado era verdade, uma verdade que eu queria esquecer, mas, eu não podia esquecer tudo aquilo.
Não sei se pra minha sorte ou azar, a única coisa que ele queria era uma simples resposta, o problema era a pergunta:
- Você realmente me ama?
Aquilo me deixou mais confusa do que já estava eu sabia que qualquer resposta mudaria completamente os rumos da nossa vida. Um sim faria com que eu perdesse meu verdadeiro amor. Um não poderia fazer com que eu perdesse meu melhor amigo, que eu conheci bem antes. Poucas vezes eu tinha o poder de decidir meu futuro, naquele momento eu achava que poderia decidi-lo, eu tinha que escolher entre um amor e uma amizade, o que era mais importante pra mim?
- Sim!
Aquela foi minha resposta. Meu amigo não tentou mais sair, ele nem chegou perto da porta. Aquilo era um alivio, em compensação, meu antigo amor nem olhou mais na minha cara. Estava cheio de zumbis lá fora, naquela hora a gente tinha que se unir e não se separar, eu tomei coragem, levantei e falei:
- Escutem, vocês tem todos os motivos do mundo para estarem bravos comigo, mas, agora temos que ficar juntos e unidos por que sei que mesmo quando estamos brigados, a gente protege um ao outro e agora é o pior momento pra ficarmos nos preocupando com briguinhas idiotas. Quando a poeira abaixar eu vou tentar explicar tudo pra você, mas, agora, quem está comigo?
Apesar de tudo, naquele momento estávamos juntos novamente. Iríamos lutar um pela vida do outro se fosse preciso, tínhamos certeza que podia haver milhares de brigas, mas, continuávamos nos amando. Amor de amigo ou não, sentíamos amor uns pelos outros e faríamos de tudo para sairmos vivos e juntos dessa situação!
Mudança :
Foram três dias de ataque, três dias completamente trancados em uma sala com pouca ventilação e iluminação, três dias de pura confusão e intriga.
No começo, parecia fácil, parecia que iríamos conseguir, que nada poderia abalar nossa união só que, nada nunca é como achamos que será, não devemos esperar que a vida vai ser fácil, nem quando parece que será.
Quando finalmente pudemos sair da sala, eu quis verificar os estragos, eu quis ver se minha inimiga havia morrido. E eles, eles me deixaram sair sozinha, sem ninguém para me dar cobertura, naquele momento eu percebi que ninguém mais se importava comigo.
Só encontrei o que já esperava encontrar, bagunça e restos de uma garota, uma garota que eu odiava e que teve um fim muito triste. Deixei tudo do jeito que encontrei, voltei para a biblioteca, peguei minhas coisas e um pouco de água e comida.
Precisava ficar um pouco sozinha, precisava saber se alguém se importava comigo, daquele dia em diante iria dormir em outra sala, uma sala pequena, que ainda ficava na nossa “área segura”, mas, lá eu poderia ficar sozinha e pensar. Meus amigos (ou sei lá o que eles eram pra mim) estavam dormindo pela primeira vez em três dias, procurei uma caneta e deixei um recado para eles, escrito em um livro:
“Não estou me desligando do grupo, apenas preciso ficar um pouco sozinha, se precisarem de mim estarei na sala logo aqui em baixo.”
Não tinha quase nada naquela sala, apenas uma mesa e uma cadeira. Tirei uma mesa menor de outra sala e levei pro meu novo “quarto”, usei-a para fazer peso atrás da porta. A mesa maior seria agora minha cama e a cadeira serviria como mesa, armário ou qualquer outra coisa.
Eu não esperava receber uma visita tão cedo, mas, demorou só umas duas ou três horas e minha primeira “visita” foi exatamente quem eu estava pensando que seria, aquele que costumava ser meu melhor amigo, provou que realmente era.
- Quem é? – eu perguntei sem nem levantar.
- É um zumbi, eu to com fome e vim jantar você! – disse ele já caindo na risada.
Abri a porta e disse:
- Bem vindo ao meu quarto, sinta-se a vontade e sirva-se de um delicioso refrigerante, tem ali na geladeira. – era inevitável não fazermos piada quando estávamos juntos, independente da situação.
Por alguns minutos, esquecemos completamente tudo, nada de zumbis, nada de problemas. Aquele era o exato significado da nossa amizade. Conversamos até cair à noite, já estava tudo muito escuro e ele perguntou se não poderia dormir ali. Eu disse que podia se ele não se importasse de dormir no chão, eu costumava ser muito brincalhona antes do apocalipse e naquele dia isso acordou novamente em mim. Comemos qualquer coisa e sentamos para conversar mais, aquela foi a noite mais divertida desde que tinha começado tudo isso.
No começo, parecia fácil, parecia que iríamos conseguir, que nada poderia abalar nossa união só que, nada nunca é como achamos que será, não devemos esperar que a vida vai ser fácil, nem quando parece que será.
Quando finalmente pudemos sair da sala, eu quis verificar os estragos, eu quis ver se minha inimiga havia morrido. E eles, eles me deixaram sair sozinha, sem ninguém para me dar cobertura, naquele momento eu percebi que ninguém mais se importava comigo.
Só encontrei o que já esperava encontrar, bagunça e restos de uma garota, uma garota que eu odiava e que teve um fim muito triste. Deixei tudo do jeito que encontrei, voltei para a biblioteca, peguei minhas coisas e um pouco de água e comida.
Precisava ficar um pouco sozinha, precisava saber se alguém se importava comigo, daquele dia em diante iria dormir em outra sala, uma sala pequena, que ainda ficava na nossa “área segura”, mas, lá eu poderia ficar sozinha e pensar. Meus amigos (ou sei lá o que eles eram pra mim) estavam dormindo pela primeira vez em três dias, procurei uma caneta e deixei um recado para eles, escrito em um livro:
“Não estou me desligando do grupo, apenas preciso ficar um pouco sozinha, se precisarem de mim estarei na sala logo aqui em baixo.”
Não tinha quase nada naquela sala, apenas uma mesa e uma cadeira. Tirei uma mesa menor de outra sala e levei pro meu novo “quarto”, usei-a para fazer peso atrás da porta. A mesa maior seria agora minha cama e a cadeira serviria como mesa, armário ou qualquer outra coisa.
Eu não esperava receber uma visita tão cedo, mas, demorou só umas duas ou três horas e minha primeira “visita” foi exatamente quem eu estava pensando que seria, aquele que costumava ser meu melhor amigo, provou que realmente era.
- Quem é? – eu perguntei sem nem levantar.
- É um zumbi, eu to com fome e vim jantar você! – disse ele já caindo na risada.
Abri a porta e disse:
- Bem vindo ao meu quarto, sinta-se a vontade e sirva-se de um delicioso refrigerante, tem ali na geladeira. – era inevitável não fazermos piada quando estávamos juntos, independente da situação.
Por alguns minutos, esquecemos completamente tudo, nada de zumbis, nada de problemas. Aquele era o exato significado da nossa amizade. Conversamos até cair à noite, já estava tudo muito escuro e ele perguntou se não poderia dormir ali. Eu disse que podia se ele não se importasse de dormir no chão, eu costumava ser muito brincalhona antes do apocalipse e naquele dia isso acordou novamente em mim. Comemos qualquer coisa e sentamos para conversar mais, aquela foi a noite mais divertida desde que tinha começado tudo isso.
Confusão física e mental :
Quando acordei nem lembrava que hora tínhamos dormido, com certeza nossas risadas histéricas não deixaram nosso colega lá de cima dormir e, com certeza, o deixaram muito nervoso. Só sei que acordei abraçada com “meu melhor amigo” e mesmo sendo uma coisa estranha, naquele momento eu me sentia muito bem.
Não esperei ele acordar, levantei e comecei a preparar alguma coisa para comermos. Quando ele acordou tinha água e biscoitos em cima da mesa. Sempre irônico, ele não deixou de comentar:
- Que linda mesa de café da manhã!
- Foi o melhor que eu pude fazer com que tinha aqui, não reclame! – respondi pra ele.
Comemos e depois nos sentamos de novo. Após conversarmos um pouco, acabou rolando o que qualquer um imaginava que poderia rolar: o beijo! Bem nessa hora a porta foi escancarada com um chute dado pelo nosso querido colega, tínhamos esquecido de “travar” a porta e até que não foi difícil abri-la.
- Ah, claro! Nem sei por que eu me preocupei com vocês dois, no fundo eu sabia que eram dois grandes traidores! – berrou ele ao ver aquela cena.
Sinceramente, eu já esperava essa reação dele, mas não esperava que ele descobrisse dessa forma. Não tive outra escolhe senão ser grossa com ele igualmente ele foi com nos dois:
- Eu não entendo porque você acha que teria uma chance comigo. Eu realmente achei que poderia acontecer alguma coisa ente a gente, mas agora eu só tenho nojo de você! Porque você ficou tão irritado? Não me lembro de ter um relacionamento com você, eu não tenho nada com você!
Acho que fui grossa demais, a raiva do momento me vez dizer coisas horríveis de formas horríveis. Ele só deu um soco na porta e subiu correndo pra biblioteca.
- Ótimo! – eu disse quando estava fechando a porta - Agora não temos problemas só com zumbis, temos problemas com um idiota também! Desculpe-me por te fazer passar por isso...
- Não há nada com que se desculpar você só estava com raiva! – disse ele me abraçando.
Naquele momento eu estava mais confusa do que nunca, eu estava triste e feliz ao mesmo tempo e não conseguiria explicar aquilo a ninguém, nem a mim mesma. Só permaneci abraçado com ele, aquilo me confortava muito, mais até do que eu gostaria.
Por umas 2 ou 3 horas só fiquei quieta ali, pensando no que fazer. Decidi que iria lá em cima falar com ele, pedir desculpas por tudo que havia acontecido. Chegando lá me deparei com uma cena horrível: ele estava sentado em um canto, chorando e prestes a cortar os pulsos.
- Pare agora com isso! O que você pensa que está fazendo? – perguntei enquanto entrava correndo pela porta.
Ele me olhou com a expressão mais triste que eu já tinha visto em toda minha vida e respondeu:
- Me desculpa, por favor... Eu não queria fazer aquilo, eu estava com raiva por vocês dois terem sumido sem dizer nada, eu só estava preocupado com vocês, com você. Eu não ligo se você gosta dele, eu só quero continuar lutando junto com você, não vou abandoná-los!
- Na verdade eu que tenho que pedir desculpa por tudo que eu falei pra você, não queria te magoar! – falei isso e depois o abracei.
Ouvimos uns barulhos estranhos, quando nos viramos já era tarde demais. Tinha uns 5 ou 6 zumbis dentro do cômodo, eu tinha deixado a porta aberta... Pegamos nossas facas e começamos a matar... Eu não sabia se gritava por ajuda ou se agüentava firme e continuava matando, continuava confusa, mas decidi tornar daquele um belo momento pra descontar toda minha raiva.
Não esperei ele acordar, levantei e comecei a preparar alguma coisa para comermos. Quando ele acordou tinha água e biscoitos em cima da mesa. Sempre irônico, ele não deixou de comentar:
- Que linda mesa de café da manhã!
- Foi o melhor que eu pude fazer com que tinha aqui, não reclame! – respondi pra ele.
Comemos e depois nos sentamos de novo. Após conversarmos um pouco, acabou rolando o que qualquer um imaginava que poderia rolar: o beijo! Bem nessa hora a porta foi escancarada com um chute dado pelo nosso querido colega, tínhamos esquecido de “travar” a porta e até que não foi difícil abri-la.
- Ah, claro! Nem sei por que eu me preocupei com vocês dois, no fundo eu sabia que eram dois grandes traidores! – berrou ele ao ver aquela cena.
Sinceramente, eu já esperava essa reação dele, mas não esperava que ele descobrisse dessa forma. Não tive outra escolhe senão ser grossa com ele igualmente ele foi com nos dois:
- Eu não entendo porque você acha que teria uma chance comigo. Eu realmente achei que poderia acontecer alguma coisa ente a gente, mas agora eu só tenho nojo de você! Porque você ficou tão irritado? Não me lembro de ter um relacionamento com você, eu não tenho nada com você!
Acho que fui grossa demais, a raiva do momento me vez dizer coisas horríveis de formas horríveis. Ele só deu um soco na porta e subiu correndo pra biblioteca.
- Ótimo! – eu disse quando estava fechando a porta - Agora não temos problemas só com zumbis, temos problemas com um idiota também! Desculpe-me por te fazer passar por isso...
- Não há nada com que se desculpar você só estava com raiva! – disse ele me abraçando.
Naquele momento eu estava mais confusa do que nunca, eu estava triste e feliz ao mesmo tempo e não conseguiria explicar aquilo a ninguém, nem a mim mesma. Só permaneci abraçado com ele, aquilo me confortava muito, mais até do que eu gostaria.
Por umas 2 ou 3 horas só fiquei quieta ali, pensando no que fazer. Decidi que iria lá em cima falar com ele, pedir desculpas por tudo que havia acontecido. Chegando lá me deparei com uma cena horrível: ele estava sentado em um canto, chorando e prestes a cortar os pulsos.
- Pare agora com isso! O que você pensa que está fazendo? – perguntei enquanto entrava correndo pela porta.
Ele me olhou com a expressão mais triste que eu já tinha visto em toda minha vida e respondeu:
- Me desculpa, por favor... Eu não queria fazer aquilo, eu estava com raiva por vocês dois terem sumido sem dizer nada, eu só estava preocupado com vocês, com você. Eu não ligo se você gosta dele, eu só quero continuar lutando junto com você, não vou abandoná-los!
- Na verdade eu que tenho que pedir desculpa por tudo que eu falei pra você, não queria te magoar! – falei isso e depois o abracei.
Ouvimos uns barulhos estranhos, quando nos viramos já era tarde demais. Tinha uns 5 ou 6 zumbis dentro do cômodo, eu tinha deixado a porta aberta... Pegamos nossas facas e começamos a matar... Eu não sabia se gritava por ajuda ou se agüentava firme e continuava matando, continuava confusa, mas decidi tornar daquele um belo momento pra descontar toda minha raiva.
Arrumando a bagunça :
Aquele ataque talvez seria o último momento de nossas vidas, parecia que já durava horas e que os zumbis eram infinitos, mas só tinham se passado alguns minutos, 15 no máximo, mas os zumbis realmente eram quase infinitos. Nunca tínhamos enfrentado um grupo tão grande deles, muito menos sem um parceiro.
Eu queria chamá-lo pra saber se ele estava bem, mas eu tinha medo de que aquilo chamaria atenção de mais e mais zumbis. Tudo que eu conseguia pensar era que aquilo tudo era culpa minha, se não tivesse gritos e brigas os zumbis continuariam quase sem saber da nossa existência.
Já tinha uns 20 ou 25 corpos no chão quando matamos o que parecia ser o último. Eu não esperei nem um minutos para descer as escadas correndo para conferir se nosso grupo ainda era o mesmo. Me aliviei quando me deparei com a porta fechada, entrei na sala e mais que depressa ele me abraçou e disse:
- Alice, que bom que você voltou. Tive muito medo de que acontecesse alguma coisa com você ou com o Marcos. O que aconteceu lá em cima, porque você não me chamou?
- Enquanto eu e Marcos fazíamos as pazes, um grupo de mais de 20 zumbis entrou na biblioteca e começou a nos atacar. Conseguimos, mas foi muito difícil! Tudo que eu queria era te chamar, mas não para pedir ajuda, para saber se você estava vivo e bem.
Não falamos mais nada, apenas ficamos lá abraçados até Marcos chegar... Eu pensei que ele estaria bravo de novo, mas ele estava muito calmo, eu acho que o trauma o fez valorizar mais a vida, a vida de todos nós.
- Desculpa interromper os pombinhos... - disse ele em tom humorado - Mas eu preciso de uma ajudinha pra limpar a biblioteca...
- Anime-se Henrique, vamos lá! - eu disse pra ele.
Subimos lá e tentamos limpar, mas estava completamente sem condições... Juntamos tudo que tinha lá em cima e nos mudamos de vez para a sala de baixo. Para poder abrigar os três com o mesmo conforto, fizemos algumas mudanças lá: arrastamos a mesa para o canto, tiramos tudo que era desnecessário e fizemos nossas camas no chão, não mudou muita coisa, só tínhamos menos espeço do que estávamos acostumados.
Depois de algumas horas arrumando, sentamos para comer e beber alguma coisa. Marcos puxou assunto:
- E agora, o que vamos fazer? Não podemos continuar por muito tempo nesse espaço tão pequeno, nossos suprimentos não vão durar muito e precisamos de mais armas, armas mais rápidas e úteis...
- Teremos que buscar mais suprimentos em breve, - eu disse enquanto pegava mais comida pra gente - estou com muito medo que alguma coisa posso acontecer com a gente, não quero perder vocês... Vocês são a única coisa que eu tenho e eu amo muito vocês!
- Precisamos sair em busca de um lar, - disse Henrique - não quero ficar nesse cubículo apertado! Já temos que passar por toda essa situação, se for sem conforto ainda, piorou !
E ele estava completamente certo. Depois daquela breve conversa, já estava bem escuro e deitamos para dormir... Estávamos todos cansados e praticamente desmaiamos. Eu mal podia acreditar que estava passando por tudo aquilo, não parecia verdade e nunca iria aparecer...
Eu queria chamá-lo pra saber se ele estava bem, mas eu tinha medo de que aquilo chamaria atenção de mais e mais zumbis. Tudo que eu conseguia pensar era que aquilo tudo era culpa minha, se não tivesse gritos e brigas os zumbis continuariam quase sem saber da nossa existência.
Já tinha uns 20 ou 25 corpos no chão quando matamos o que parecia ser o último. Eu não esperei nem um minutos para descer as escadas correndo para conferir se nosso grupo ainda era o mesmo. Me aliviei quando me deparei com a porta fechada, entrei na sala e mais que depressa ele me abraçou e disse:
- Alice, que bom que você voltou. Tive muito medo de que acontecesse alguma coisa com você ou com o Marcos. O que aconteceu lá em cima, porque você não me chamou?
- Enquanto eu e Marcos fazíamos as pazes, um grupo de mais de 20 zumbis entrou na biblioteca e começou a nos atacar. Conseguimos, mas foi muito difícil! Tudo que eu queria era te chamar, mas não para pedir ajuda, para saber se você estava vivo e bem.
Não falamos mais nada, apenas ficamos lá abraçados até Marcos chegar... Eu pensei que ele estaria bravo de novo, mas ele estava muito calmo, eu acho que o trauma o fez valorizar mais a vida, a vida de todos nós.
- Desculpa interromper os pombinhos... - disse ele em tom humorado - Mas eu preciso de uma ajudinha pra limpar a biblioteca...
- Anime-se Henrique, vamos lá! - eu disse pra ele.
Subimos lá e tentamos limpar, mas estava completamente sem condições... Juntamos tudo que tinha lá em cima e nos mudamos de vez para a sala de baixo. Para poder abrigar os três com o mesmo conforto, fizemos algumas mudanças lá: arrastamos a mesa para o canto, tiramos tudo que era desnecessário e fizemos nossas camas no chão, não mudou muita coisa, só tínhamos menos espeço do que estávamos acostumados.
Depois de algumas horas arrumando, sentamos para comer e beber alguma coisa. Marcos puxou assunto:
- E agora, o que vamos fazer? Não podemos continuar por muito tempo nesse espaço tão pequeno, nossos suprimentos não vão durar muito e precisamos de mais armas, armas mais rápidas e úteis...
- Teremos que buscar mais suprimentos em breve, - eu disse enquanto pegava mais comida pra gente - estou com muito medo que alguma coisa posso acontecer com a gente, não quero perder vocês... Vocês são a única coisa que eu tenho e eu amo muito vocês!
- Precisamos sair em busca de um lar, - disse Henrique - não quero ficar nesse cubículo apertado! Já temos que passar por toda essa situação, se for sem conforto ainda, piorou !
E ele estava completamente certo. Depois daquela breve conversa, já estava bem escuro e deitamos para dormir... Estávamos todos cansados e praticamente desmaiamos. Eu mal podia acreditar que estava passando por tudo aquilo, não parecia verdade e nunca iria aparecer...
A luta (parte 1) :
Após termos passado três dias apertados naquela sala minúscula, percebemos a falta que fazia um lugar espaçoso para vivermos, mesmo que em condições tão precárias. Era extremamente necessário acharmos um lugar melhor para viver e também em menos de uma semana precisaríamos de mais suprimentos, pois já nos encontrávamos em terríveis situações de escassez de alimentos e tínhamos que racionar o máximo possível para conseguir viver até que tivéssemos um plano bem preparado para nos arriscar lá fora.
Todo dia, assim que acordávamos, Henrique tratava de espiar pela porta como estava a situação lá fora, quase sempre não havia tanto perigo, mas não podíamos nos arriscar à sair sem ter pelo menos uma estratégia a seguir. Como estávamos em uma escola, tínhamos bastante papel e caneta/lápis para rabiscar alguns planos e até nos distrair, eu era a única que não desenhava nada especifico, Henrique desenhava coisas sobre futebol e Marcos desenhava carros.
Nos reunimos e começamos a discutir e rabiscar planos para sair. Henrique era menos experiente em matar zumbis e por isso ele iria nos dar cobertura enquanto eu e Marcos matávamos os zumbis, Henrique também iria ter que carregar algumas coisas a mais do que eu e Marcos para que pudéssemos nos mover mais rapidamente.
Iríamos sair no dia seguinte então, passamos o resto do dia arrumando algumas coisas e "ensaiando" nossos movimentos. Na teoria tudo estava perfeito, na hora da prática iria ser difícil. Já juntamos todas nossas coisas porque já tínhamos um pouco de noção de casas para procurar abrigo. Parecia que a hora estava passando muito rápido e logo já estava quase escuro por completo, tínhamos que comer alguma coisa e dormir para descansarmos bastante para a luta do dia seguinte.
Assim que amanheceu, juntamos tudo do jeito que havíamos combinado e Henrique saiu primeiro para verificar a situação. Quando saímos, entregamos algumas bolsas para ele e ficamos alertas para qualquer movimento suspeito, sabíamos que poderia sair um zumbi de qualquer canto.
Como sempre, não foi muito difícil chegar do lado de fora da escola. Em compensação, parecia que todos os zumbis que poderiam estar lá dentro estavam lá fora. Tentamos não chamar muita atenção, mas isso parecia impossível, poderíamos ter pulado um pequeno portão de uma casa e ficar lá esperando um pouco só que isso só iria piorar a nossa situação. Continuamos correndo o máximo que podíamos e matando todos os zumbis que ficavam no nosso caminho, a pressa e o medo fazia com que ficássemos mais corajosos e, por alguns momentos, aquilo tudo parecia apenas um jogo.
Os zumbis eram lentos, então tivemos tempo de entrar no supermercado e nos esconder no que parecia ser um depósito. Depois de alguns instantes percebemos que lá havia muito mais comida, boa parte já tinha estragado só que ainda tinha muita comida boa. Como estávamos carregando tudo que era nosso, resolvemos ficar lá até o dia seguinte ou, talvez, mais tempo.
Todo dia, assim que acordávamos, Henrique tratava de espiar pela porta como estava a situação lá fora, quase sempre não havia tanto perigo, mas não podíamos nos arriscar à sair sem ter pelo menos uma estratégia a seguir. Como estávamos em uma escola, tínhamos bastante papel e caneta/lápis para rabiscar alguns planos e até nos distrair, eu era a única que não desenhava nada especifico, Henrique desenhava coisas sobre futebol e Marcos desenhava carros.
Nos reunimos e começamos a discutir e rabiscar planos para sair. Henrique era menos experiente em matar zumbis e por isso ele iria nos dar cobertura enquanto eu e Marcos matávamos os zumbis, Henrique também iria ter que carregar algumas coisas a mais do que eu e Marcos para que pudéssemos nos mover mais rapidamente.
Iríamos sair no dia seguinte então, passamos o resto do dia arrumando algumas coisas e "ensaiando" nossos movimentos. Na teoria tudo estava perfeito, na hora da prática iria ser difícil. Já juntamos todas nossas coisas porque já tínhamos um pouco de noção de casas para procurar abrigo. Parecia que a hora estava passando muito rápido e logo já estava quase escuro por completo, tínhamos que comer alguma coisa e dormir para descansarmos bastante para a luta do dia seguinte.
Assim que amanheceu, juntamos tudo do jeito que havíamos combinado e Henrique saiu primeiro para verificar a situação. Quando saímos, entregamos algumas bolsas para ele e ficamos alertas para qualquer movimento suspeito, sabíamos que poderia sair um zumbi de qualquer canto.
Como sempre, não foi muito difícil chegar do lado de fora da escola. Em compensação, parecia que todos os zumbis que poderiam estar lá dentro estavam lá fora. Tentamos não chamar muita atenção, mas isso parecia impossível, poderíamos ter pulado um pequeno portão de uma casa e ficar lá esperando um pouco só que isso só iria piorar a nossa situação. Continuamos correndo o máximo que podíamos e matando todos os zumbis que ficavam no nosso caminho, a pressa e o medo fazia com que ficássemos mais corajosos e, por alguns momentos, aquilo tudo parecia apenas um jogo.
Os zumbis eram lentos, então tivemos tempo de entrar no supermercado e nos esconder no que parecia ser um depósito. Depois de alguns instantes percebemos que lá havia muito mais comida, boa parte já tinha estragado só que ainda tinha muita comida boa. Como estávamos carregando tudo que era nosso, resolvemos ficar lá até o dia seguinte ou, talvez, mais tempo.
Última edição por Mell Zoombie em 26/8/2013, 18:19, editado 14 vez(es)